
- 5 de Outubro, 2022
Cada família portuguesa tem, pelo menos, uma média de 20 aparelhos elétricos e eletrônicos em casa. Desperdício, excesso de equipamento, falta de manutenção, são fatores fundamentais no aumento da fatura no final do mês. Alguns gestos podem fazer a diferença.
A escolha de eletrodomésticos
Este é um ponto essencial para baixar a conta da eletricidade. A escolha dos
eletrodomésticos deve ser feita com base na tabela energética. É preciso privilegiar os aparelhos de baixo consumo, principalmente os da classe A+++. O consumo de energia desta categoria é 20 a 50% menor que o de um aparelho classe A+. Nesta mesma perspetiva de economia de energia, deve-se notar que o forno de micro ondas consome mais energia do que o forno normal. A panela de pressão consome até 60 vezes menos energia do que uma panela convencional. Também é importante usar sempre panelas muito maiores que as placas para evitar a perda de calor.
Desligar Standby
Progressos significativos foram feitos de modo a limitar o consumo de standby: um regulamento europeu limita a potência de standby a 0,5 W para um certo número de dispositivos. No entanto, permanece 2 W para dispositivos conectados à Internet ou redes de dados. Desligar os standby pode economizar até 10% na sua fatura da luz (excluindo aquecimento), mas também preservar o bom funcionamento do equipamento.
Manter equipamentos audiovisuais e informáticos, aparelhos de cozinha e pequenos eletrodomésticos em standby não é muito útil. Para máquinas de lavar roupa e loiças, os relógios são frequentemente utilizados para detetar fugas de água, logo, não é aconselhável desconectá-los.
Nestes casos, o que pode fazer para reduzir o consumo de energia é optar pelo programa “Eco”, agora classificado como “Eco 40-60”. O programa “Eco” economiza água e energia mesmo que o tempo de ciclo seja maior. O tempo de imersão e lavagem é maior, mas a água é menos aquecida. No entanto, é o aquecimento da água que mais consome eletricidade.
dica extra: Devido à diversidade de equipamentos, a melhor estratégia a adotar é, usar réguas de energia com interruptores que permitem conectar vários dispositivos e desligá-los ao mesmo tempo.
LED, sim, mas sem ser para decoração
As lâmpadas LED consomem pouca eletricidade e duram muito tempo (até 40.000 horas), o suficiente para compensar o preço de compra. São a melhor solução de iluminação doméstica, desde que durem mais de 20.000 horas e estejam bem classificadas na tabela energética.
As lâmpadas LED permitem jogar com a cor da luz para criar ambientes adaptados a diferentes divisões (cozinha, sala, quarto, etc.). Prefira brancos quentes de 2700 a 3500 Kelvin para a sala e quartos e opte por uma luz mais dinâmica na cozinha ou casas de banho (3500 a 4500 Kelvin).
Evite o efeito “deco LED”
Cada vez mais, vem sendo tendência nos móveis. Esses LEDs não são úteis no que toca à iluminação, mas consomem eletricidade.
Otimizar a iluminação em cada divisão da casa. Além de apagar a luz ao sair de uma divisão e optar por lâmpadas economizadoras de
energia (os LEDs A++ são os mais eficientes), escolher a iluminação adequada de acordo com a divisão e os seus hábitos é um elemento essencial não só para reduzir o consumo de eletricidade, mas também para melhorar o seu bem-estar.
Reduzir a intensidade da luz à noite tem efeitos positivos no adormecer e na qualidade do sono. Você pode matar dois coelhos com uma cajadada só: reduza sua conta e fique calmo.
Cozinhar com moderação… e no topo!
Alguns gestos simples e de bom senso podem poupar energia na cozinha : tapar os tachos durante a cozedura, reduzir a potência assim que a água ferver, usar tachos e tachos ligeiramente maiores do que as placas, favorecer a cozedura na panela de pressão (mais rápida e eficiente), utilize o calor de convecção do seu forno (caso este tenha esta opção). A escolha de equipamentos economizadores de energia também é decisiva: as placas de indução consomem menos 20 a 25% de eletricidade em comparação com outros tipos de placas.
Em vez de descongelar um produto congelado no micro-ondas, coloque-o no
frigorifico com bastante antecedência. Este irá descongelar mais lentamente, e ajudará a manter o frigorifico frio. Uma economia dupla no consumo de eletricidade!
Aquecimento para maior conforto
O aquecimento (elétrico ou não) representa em média 60% do consumo de energia de uma casa. Portanto, é possível que faça economias substanciais aquecendo melhor:
diminuir a temperatura em 1°C reduz sua conta em cerca de 7%! Uma regra
básica? Cada quarto tem sua própria temperatura. Vários estudos recomendam uma temperatura de cerca de 19°C nas salas de estar em comparação com os 17°C nos quartos que não estão ocupados durante todo o dia. Para evitar o aquecimento desnecessário em certas partes (corredores, hall de entrada, escadas, etc.) e manter o calor onde você precisa, as cortinas blackout podem ser eficazes.
Abra bem as janelas uma vez por dia por alguns minutos (desligando o
aquecimento, é claro)! Isso permite que ventile sua casa e reduza a humidade. Resultado: o aquecimento será mais eficiente.
Melhorar o isolamento da minha casa
Renovar janelas, portas, sótãos, paredes pode ter um impacto considerável no consumo de energia, mas isso obviamente tem um custo e não é feito de ânimo leve. Mesmo antes de iniciar grandes obras, já é possível limitar a perda de calor com algumas ações simples: colocar cortinas entre as áreas de passagem (corredores, entradas, portas, etc.), colocar rolos nas soleiras das portas e janelas, fechar as persianas, etc.
Cabe-lhe a si reduzir o seu consumo e a sua fatura de eletricidade… e claro,
se possível, consumir melhor optando por um fornecedor de eletricidade
verdadeiramente verde!